Rejeição a Oziel Oliveira expõe disputas no PSD: Jusmari retorna à Sedur e Marcone Amaral assume na AL-BA

Indicação frustrada de Oziel Oliveira à Sedur e retorno de Jusmari ao comando da pasta revelam os bastidores de negociações e conflitos políticos na Bahia

A recente exoneração e posterior recondução de Jusmari Oliveira (PSD) ao comando da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur) lança luz sobre as complexas articulações políticas que permeiam o governo do estado da Bahia. Em apenas cinco dias, a deputada deixou o cargo para assumir a vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), mas logo retornou à pasta após manobras que evidenciam disputas internas e ajustes de poder.

A decisão do governador Jerônimo Rodrigues (PT), formalizada nesta terça-feira (21), segue a orientação das lideranças do PSD, partido com maior bancada no parlamento estadual. Contudo, a trajetória até essa definição foi marcada por tentativas de Jusmari emplacar seu marido, o ex-deputado federal Oziel Oliveira, na chefia da Sedur. A articulação não obteve apoio nem dentro do PSD nem junto ao Palácio de Ondina, que rejeitou a nomeação.

Segundo circula nos bastidores, o retorno repentino de Jusmari para a Sedur teria como objetivo manter o comando da pasta no PSD, em meio a um crescente desejo do PT de indicar o ex-deputado Carlos Tito (PT) para liderar a secretaria. Tito, uma liderança emergente e influente na região Oeste, é visto como um nome estratégico, e sua indicação poderia trazer vantagens políticas significativas ao partido do governador, mas ao mesmo tempo representaria um potencial prejuízo para Jusmari e o PSD, especialmente na manutenção de seus redutos eleitorais. Essa especulação aponta para um cenário de intensas negociações e disputas de forças dentro da base aliada.

Essa movimentação destaca o peso do PSD na arquitetura política baiana, bem como os desafios na conciliação de interesses. A condução de Jusmari à Sedur foi endossada pelos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, principais expoentes da legenda no estado. Já a ascensão de Marcone Amaral — ex-prefeito de Itajuípe e segundo suplente — à AL-BA demonstra a capacidade do partido em reposicionar aliados no xadrez político.


Oziel Oliveira conversa com Zito Barbosa durante as eleições para o comando da Câmara municipal 

No entanto, a rejeição de Oziel Oliveira levanta questionamentos sobre as relações entre o PSD e o governo estadual. Até dois meses atrás, Oziel estava filiado ao PDT, o que pode ter gerado desconfianças quanto à sua lealdade política. Em Barreiras, Oziel vem frequentemente sendo destaque ao lado do grupo político ligado ao ex-prefeito da cidade, Zito Barbosa, do União Brasil, tendo recentemente articulado o apoio de uma chapa governista na cidade para a disputa da presidência da Câmara Municipal de Barreiras. A tentativa de Jusmari em manter seu mandato na Assembleia também foi interpretada como estratégia para ampliar a influência familiar, algo que não foi bem recebido por interlocutores.

A rapidez na substituição também reforça o papel central do PSD nas decisões políticas do estado, reafirmando sua força tanto em âmbito local quanto nacional. Ao retornar à Sedur, Jusmari Oliveira retoma a gestão de uma das pastas mais importantes do governo, enquanto o partido assegura representação tanto no Executivo quanto no Legislativo.

Essa dinâmica expõe as fragilidades e a necessidade de equilíbrio entre diferentes grupos de poder, indicando que o governador Jerônimo Rodrigues está empenhado em manter a coesão da base aliada. A nomeação de Jusmari e a ascensão de Marcone Amaral podem ser vistas como movimentos que buscam estabilizar o tabuleiro político, mas também como sinal de que novas articulações estarão em jogo nos próximos meses.

A especulação sobre a tentativa de emplacar Carlos Tito na Sedur revela ainda mais as nuances da disputa política. Caso essa indicação tivesse se concretizado, Tito poderia solidificar sua influência na região Oeste, potencialmente enfraquecendo Jusmari e o PSD. Esse contexto evidencia que a política baiana está em constante transformação, e decisões como essa refletem a busca por estratégias que garantam maior estabilidade e domínio político no estado.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes

Bombeiros controlam incêndio em galpão algodoeiro na BR-020 em Luís Eduardo Magalhães

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Na madrugada desta terça-feira (21), equipes da 2ª Companhia do 17º Batalhão de Bombeiros Militar (17º BBM) foram acionadas para combater um incêndio em um galpão algodoeiro localizado na BR-020, sentido Brasília, em Luís Eduardo Magalhães.

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O chamado foi registrado por volta das 2h50, e a primeira guarnição que chegou ao local constatou que o fogo já havia se alastrado por metade do algodão armazenado no galpão. A ação rápida dos bombeiros, com o uso de uma Auto Tanque Bomba (ATB), caminhões-pipa, retroescavadeiras e o apoio de funcionários da empresa, foi fundamental para controlar as chamas e evitar a destruição completa da estrutura.

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Por volta das 8h20, uma segunda equipe deu continuidade ao trabalho, realizando o resfriamento do material ainda em combustão. Para isso, foi necessário abrir acessos e derrubar paredes com o auxílio de retroescavadeiras, dissipando o calor e permitindo que as máquinas iniciassem a retirada dos restos queimados no processo de rescaldo.

Apesar das perdas materiais, a atuação dos bombeiros foi decisiva para impedir que o incêndio atingisse os fardos de algodão armazenados na parte externa do galpão. A operação foi concluída ainda na parte da tarde.

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17º BBM

PF quer Dino comandando inquérito sobre ‘rei do lixo’

Corporação reforça pedido ao STF para que Flávio Dino seja relator do inquérito sobre a operação Overaclean

A Polícia Federal (PF) formalizou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um novo requerimento, para que o ministro Flávio Dino assuma a relatoria do inquérito da Operação Overclean. A investigação, que apura o desvio de verbas públicas, incluindo emendas parlamentares, tem como principal alvo José Marcos de Moura, conhecido como “rei do lixo”. No momento, o processo está sob a responsabilidade do ministro Nunes Marques.

Esse é o segundo pleito da corporação sobre a atuação de Dino. Na semana passada, quando o caso chegou ao STF, a Polícia Federal solicitou que as investigações fossem conduzidas por Dino, alegando que o ministro tinha a chamada “prevenção” devido ao vínculo com as emendas parlamentares.

Contudo, ao avaliar o pedido, o presidente em exercício da Corte, Edson Fachin, concluiu que não havia razão para a prevenção e decidiu que a investigação deveria ser distribuída aleatoriamente. Com isso, Nunes Marques foi sorteado como o relator.

Argumentação

Na recente petição, a Polícia Federal diz ao presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que a investigação da Overclean está vinculada a outros processos sob a relatoria de Dino, que na Corte é responsável por apurar possíveis irregularidades relacionadas à liberação de emendas parlamentares.

Essa nova solicitação será analisada por Barroso, que assumiu o plantão da Corte no dia 20 de janeiro, em vez de Fachin. Nos bastidores do STF, considera-se improvável que a decisão de Fachin, que resultou na relatoria de Nunes Marques, seja revertida.

O ANTAGONISTA

Censura: diplomatas temem que Trump imponha sanções comerciais ao Brasil

O novo governo dos Estados Unidos, de Donald Trump, poderá impor sanções econômicas ou comerciais a países, como o Brasil, acusados de adotar formas de censura. A informação foi obtida junto a membros do novo governo por político que representaram os brasileiros na posse. O secretário de Estado, Marco Rubio, crítico da escalada autoritária no Brasil, seria artífice do plano, reiterado ontem por Trump, contra censura e em defesa da liberdade, pedra de toque da Constituição americana de 238 anos.

Escreveu, não leu…

Ninguém é obrigado a obedecer Trump, mas ele pode retaliar regimes que ofendam princípios da democracia americana, como a liberdade.

Três mosqueteiros

Foram à posse os maiores interessados em liberdade: Musk (X), Sundar Pichei (Google, Youtube) e Zuckerberg (Instagram, Whatsapp, Face).

Terrorismo, jamais

Rubio avisou, há dias, que também os defensores de terroristas, que é o caso do Brasil sobre o Hamas, também estarão sujeitos a sanções.

O que mais temem

Experientes embaixadores dizem que sanções que inscrevam o Brasil no “eixo do mal” seriam um dos maiores pesadelos da diplomacia brasileira.

Lula fez reunião para terceirizar responsabilidades

A reunião ministerial desta segunda-feira (20) foi um tiro n’água. Serviu só para o presidente Lula (PT), outra vez, terceirizar responsabilidades por trapalhadas como a decisão de espionar o pix dos brasileiros. A exemplo dos primeiros governos, ele é quem manda e ninguém ousaria assinar o documento sem o “ok” do Planalto. Mas ele tirou o corpo fora, na reunião, declarando o que não é novo e está em vigor desde a posse: a proibição de portarias ministeriais sem prévia consulta à Casa Civil.

Eu terceirizo, tu…

Exposto à mentira de que a norma do pix foi obra do ministro da Fazenda, restou a Malddad culpar Bolsonaro e Nikolas Ferreira (PL-MG).

Nome da covardia

“Lula é covarde, como sempre foi a vida toda. Não tem hombridade de assumir culpa dos próprios erros”, acusou o senador Flávio Bolsonaro.

Bronca fake

Já o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) iroizou: “Ué, mas a confusão não foi por causa das “fakenews?”, disse ele sobre a bronca fake em Haddad.

R$12 bi mais pobres

O Banco Central torrou ontem mais de R$12 bilhões das nossas reservas cambiais, em dois leilões, para tentar segurar a desvalorização do Real frente ao Dólar, em razão da irresponsabilidade fiscal do governo federal.

Gratidão a Jill

Trump fez um gesto significativo, ao levar o casal Biden à saída, após a posse: deixou o antecessor sozinho para, cavalheiro, acompanhar Jill Biden, sua eleitora, até a porta do carro que os levaria embora.

‘Regime’ é carimbo

O presidente argentino Javier Milei, que garantiu posição de principal interlocutor de Donald Trump no continente, já se refere à “democracia” à brasileira como o “regime de Lula”. Isso pode pegar.

Atitude infantil

Fora da posse de Trump, em atitude própria da infantilidade esquerdista de “marcar posição”, após chamar o novo presidente de “nazista”, Lula amarelou e adotou um tom ameno em post de cumprimentos.

Está no radar

Ex-embaixador em Washington, Rubens Barbosa observou que Trump não citou diretamente o Brasil, em seu discurso de posse, mas acha que sua defesa da liberdade faz do regime brasileiro um dos alvos dos EUA.

Lógica parabólica

Após acertadamente criticar as hostilidades à China, no início do governo Bolsonaro, o embaixador Rubens Ricúpero silencia sobre atitude idêntica de Lula em relação a Trump. Afinal, “o que é ruim a gente esconde”.

A vida é inegociável

Grupo Parlamentar Brasil-Israel divulgou nota sobre os reféns finalmente entregues pelos terroristas do Hamas: “A segurança de Israel e a proteção de vidas inocentes permanecem prioridades inegociáveis”.

PT e tucanos se bicam

Após anos de mal-querência, a Fundação FHC convidou o virtual futuro presidente do PT, Edinho Silva, para participar de um ciclo de debates sobre o País. Já não se fazem petistas e tucanos como antigamente.

Pensando bem…

…o tom crítico na imprensa governista brasileira à defesa da liberdade serviu para mostrar como Trump tem razão de empunhar essa bandeira.

DIÁRIO DO PODER

Donald Trump perdoa acusados por invasão do Capitólio em 2021

Presidente destacou que cerca de 1,5 mil pessoas serão beneficiadas pela medida

Manifestantes invadiram o Capitólio, nos EUA Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER/EFE/EPA/WILL OLIVER/JIM LO SCALZO/MICHAEL REYNOLDS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perdoou nesta segunda-feira (20) os acusados pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 em uma das primeiras ordens executivas que assinou poucas horas depois de tomar posse.

Trump assinou o perdão presidencial e a comutação de penas no Salão Oval da Casa Branca, onde destacou a jornalistas que há cerca de 1,5 mil pessoas – que ele chamou de “reféns” – beneficiadas por essa medida. Além dos indultos, há seis comutações.

Em 6 de janeiro de 2021, uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o Congresso dos EUA em um protesto contra a certificação da vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial de novembro de 2020. Trump foi indiciado em um tribunal federal no Distrito de Colúmbia sob a acusação de ter incitado a insurreição ao dizer que a eleição de 2020 foi fraudada.

No entanto, o promotor especial do caso, Jack Smith, recentemente encerrou o processo, após a vitória de Trump nas eleições presidenciais de novembro do ano passado, já que o Departamento de Justiça está impedido de processar presidentes em exercício.

Trump já havia prometido durante a campanha que, em seu primeiro dia como presidente, perdoaria os acusados pelo ataque ao Capitólio, que ele também descreveu como “heróis”.

Mais de 730 pessoas foram condenadas por sua participação na tentativa de insurreição, de acordo com o Departamento de Justiça, e cerca de 300 ainda aguardam julgamento, algumas por crimes como agressões a policiais. Quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio e mais de 140 policiais ficaram feridos.

*EFE

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